sábado, 8 de outubro de 2011

0050 - PHIL CHAPMAN: LAMENTO ESTRAGAR A FESTA, MAS AÍ VEM UMA IDADE DO GELO

O SOL QUE OS "CIENTISTAS" DO IPCC INSISTEM EM NÃO VER

por Phil Chapman [*]

23/Abril/2008

A foto mais assustadora que já vi na internet está em www.spaceweather.com , onde encontrará uma imagem em tempo real do Sol tomada pelo Solar and Heliospheric Observatory, localizado no espaço profundo no ponto de equilíbrio entre a gravidade solar e terrestre.

O assustador nesta foto é que há apenas uma diminuta mancha solar.


Desconcertante como possa ser para os verdadeiros crentes do aquecimento global, a temperatura média sobre a Terra tem permanecido firme ou em declínio lento durante a última década, apesar do contínuo aumento da concentração atmosférica do dióxido de carbono, e agora a temperatura global está a cair precipitadamente.

Todas as quatro agências que rastreiam a temperatura da Terra (o Hadley Climate Research Unit na Grã-Bretanha, o NASA Goddard Institute for Space Studies em Nova York, o grupo Christy na University of Alabama, e Remote Sensing Systems Inc na Califórnia) relatam que ela arrefeceu cerca de 0,8ºC em 2007. Isto constitui a mudança de temperatura mais rápida no registo instrumental e traz-nos de volta ao ponto em que estávamos em 1930. Se a temperatura não recuperar em breve, teremos de concluir que o aquecimento global está ultrapassado.

Também há uma abundância de evidências anedóticas de que 2007 foi excepcionalmente frio. Nevou em Bagdad pela primeira vez em séculos, o Inverno na China foi simplesmente terrível e a extensão do gelo marítimo Antárctico no Inverso Austral foi a maior já registada desde que James Cook descobriu o lugar em 1770. [NR]

Não é possível retirar conclusões acerca de tendências climáticas a partir de eventos num único ano, de modo que eu normalmente ignoraria este golpe de frio como transitório, dependendo do que aconteça nos próximos poucos anos.

É aqui que entra o SOHO . O número de manchas solares segue um ciclo de comprimento um tanto variável, com termo médio de 11 anos. O mínimo mais recente foi em Março do ano passado. O novo ciclo, Nº 24, era suposto começar logo após aqueles, com uma acumulação gradual do número de manchas solares.

Isto não aconteceu. A primeira mancha solar apareceu em Janeiro deste ano e durou apenas dois dias. Um ponto diminuto apareceu segunda-feira passada mais desvaneceu-se em 24 horas. Outro pequeno ponto apareceu nesta segunda-feira. Rezemos para que haja muitos mais, e dentro em breve.

A razão porque isto importa é que há uma estreita correlação entre variações no ciclo de manchas solares e o clima da Terra. O período anterior em que um ciclo foi prolongado tal como este foi no Dalton Minimum, um período especialmente frio que perdurou durante várias décadas a partir de 1790.

Os Invernos no Norte tornaram-se ferozes: em particular, a derrota do Grande Exército de Napoleão durante a retirada de Moscovo em 1812 foi pelo menos parcialmente devida à falta de manchas solares.

O rápido declínio da temperatura em 2007 tenha coincidido com a falha do ciclo Nº 24 em começar no tempo previsto não é prova de uma conexão causal mas é motivo para preocupação.

Já é tempo de por de lado o dogma do aquecimento global, pelo menos para começar o planeamento de contingência do que fazer se estivermos a nos mover para um outra pequena idade do gelo, semelhante àquela que perdurou de 1100 a 1850.

Não há dúvida de que a próxima pequena idade do gelo seria muito pior do que a anterior e muito mais danosa do que qualquer coisa que o aquecimento pudesse fazer. Há muitas pessoas agora e tornámo-nos dependentes de umas poucas áreas de agricultura temperada, especialmente nos EUA e Canadá. O aquecimento global aumentaria a produção agrícola, mas o arrefecimento global irá diminuí-la.

Milhões passarão fome se nada fizermos como preparação para isto (tal como mudanças de planeamento na agricultura a fim de compensar), e outros milhões mais morrerão de doenças relacionadas com o frio.

Há ainda uma outra possibilidade, remota mais muito mais séria. Os núcleos de gelo da Gronelândia e Antárctica e outras evidências mostram que nos últimos vários milhões de anos uma glaciação severa afligiu gravemente o nosso planeta.

A verdade negra é que, sob condições normais, a maior parte da América do Norte e da Europa são cobertas sob cerca de 1,5 km de gelo. Este clima drasticamente frígido é interrompido ocasionalmente por breves aquecimentos interglaciais, que tipicamente perduram menos de 10 mil anos.

O período interglacial que desfrutamos através da história humana registada, chamado Holoceno, começou 11 mil anos atrás, de modo que o gelo está atrasado. Também sabemos que a glaciação pode ocorrer rapidamente: o declínio necessário na temperatura global é cerca de 12ºC e pode acontecer em 20 anos.

A próxima descida numa idade do gelo é inevitável mas pode não acontecer por mais 1000 anos. Por outro lado, deve ser observado que o resfriamento em 2007 foi ainda mais rápido do que em transições glaciais típicas. Se ele continuasse durante 20 anos, a temperatura em 2027 seria 14ºC mais fria.

Nessa altura, a maior dos países avançados teria cessado de existir, desaparecendo sob o gelo, e o resto do mundo seria confrontado com uma catástrofe para além da imaginação.

A Austrália pode escapar à aniquilação total mais certamente seria invadida por milhões de refugiados. Uma vez principiada a glaciação, ela perdurará 1000 séculos, um intervalo de tempo incompreensível.

Se a pequena idade do gelo está a chegar há uma pequena probabilidade de que possamos impedir ou pelo menos atrasar a transição, se estivermos preparados para agir suficientemente cedo e numa escala suficientemente ampla.

Por exemplo: Poderíamos juntar todos os bulldozers do mundo e utilizá-los para sujar a neve no Canadá e na Sibéria na esperança de reduzir a reflexão (reflectance) de modo a absorver mais calor do Sol.

Também podemos libertar enormes fluxos de metano (um gás com efeito estufa poderoso) a partir dos hidratos sob a camada de terra congelada(permafrost) do Árctico e sobre as plataformas continentais, utilizando talvez armas nucleares para desestabilizar os depósitos.

Não podemos saber realmente, mas a minha estimativa é de que as probabilidades sejam de pelo menos 50-50 de que nas próximas décadas veremos resfriamento significativo ao invés de aquecimento.

A probabilidade de que estejamos a testemunhar o início de uma idade do gelo real é muito menor, talvez um em 500, mas não totalmente desprezível.

Todos aqueles que pressionam por acções para reduzir o aquecimento global precisam retirar as viseiras e pensar um pouco no que deveríamos fazer se ao invés disso estivermos a enfrentar o arrefecimento global.

Será difícil para as pessoas enfrentar a verdade quando as suas reputações, carreiras, gratificações do governo ou esperanças de mudança social dependem do aquecimento global, mas o destino da civilização pode estar em causa.

Nas famosas palavras de Oliver Cromwell, "Suplico-lhe, pelas entranhas de Cristo: pense na possibilidade de estar errado".


[NR] A 29/Janeiro/2006 nevou em Lisboa, pela primeira vez em mais de 50 anos. A explicação deste fenómeno encontra-se em Mitos Climáticos , que contesta as "trapalhices anti-científicas" (sic) do projecto SIAM-Portugal (Scenarios, Impacts and Adaptation), do PNAC (Programa Nacional para as Alterações Climáticas), do Protocolo de Quioto, do IA (Instituto do Ambiente), do MA (Ministério do Ambiente) e de outras entidades.

[*] Geofísico e engenheiro astronáutico, vive em San Francisco. Foi o primeiro australiano a tornar-se astronauta da NASA.


Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .


Nenhum comentário:

Postar um comentário