sexta-feira, 30 de setembro de 2011

0035 - AS NOVE MENTIRAS DE AL GORE

Al Gore, o "nosso" amigo urso, declarou:
"Ao contrário do que os brasileiros acreditam,
a Amazônia não é propriedade deles,
ela pertence a todos nós"
27/10/2009

Al Gore aparece como o principal profeta do apocalipse no debate sobre o aquecimento global, e o documentário Uma Verdade Inconveniente é o evangelho dos que crêem nele. Mas Al Gore os enganou.


Há dois anos, o Juiz Michael Burton, da Alta Corte de Justiça Britânica, caracterizou o filme de Al Gore como “alarmista e exagerado no apoio à sua tese política”. O tribunal, respondendo a uma ação movida por um pai, disse que o filme é “unilateral” e não poderia ser exibido nas escolas britânicas, a menos que contivesse orientações para equilibrar a tentativa de Gore em promover a sua “doutrinação política”.


O Juiz baseou a sua decisão em nove inverdades que aparecem no filme. Mas o público em geral parece que desconhece essa história. Segue um resumo dos atos falhos de Gore, as justificativas e algumas considerações:


1. A alegação: o derretimento das geleiras na Groenlândia ou na Antártida fará com que o nível do mar suba cerca de 7 metros em um futuro próximo. A verdade: O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) concluiu que o nível do mar pode subir até 7 metros, mas ao longo de milênios – e insiste nessa previsão. O IPCC prevê um aumento de 7 a 23 centímetros até 2100. A alegação de Gore é “uma distorção muito perturbadora da ciência” segundo John Day, que discute o caso britânico no documentário Not Evil Just Wrong. O Juiz disse que a alegação de Gore “não está em linha com o consenso científico”.


2. A alegação: os ursos polares estão se afogando porque eles estão tendo que nadar mais para encontrar gelo. A verdade: o Juiz Burton observou que o único estudo que cita o afogamento de ursos polares (entre quatro deles) atribuiu a culpa pelas mortes a uma tempestade, e não a um eventual derretimento devido ao aquecimento global causado pela atividade humana. O Comitê de Meio Ambiente e Obras Públicas do Senado norte americano, além disso, considerou que a população atual de ursos é de 20.000 a 25.000, bem acima dos 5.000 a 10.000 que havia nas décadas de 1950 e 1960. Day diz em Not Evil Just Wrong que a estória dos ursos polares é “uma peça muito inteligente de manipulação”.


3. A alegação: o aquecimento global causou o furacão Katrina em 2005. A verdade: “É senso comum que não há provas suficientes para demonstrar isso”, escreveu Burton em sua sentença. Um artigo na revista New Scientist em maio de 2007 refutou o argumento do Katrina como sendo um “mito do clima”, já que é impossível estabelecer um vínculo entre um único evento climático e o aquecimento global.


4. A alegação: os aumentos de temperatura são o resultado de aumentos de dióxido de carbono. A verdade: Burton questionou os dois gráficos utilizados por Gore em Uma Verdade Inconveniente. Gore afirmou que há “um encaixe perfeito” entre a temperatura e o CO2, disse Burton, mas os seus gráficos não suportam esta conclusão. Os dados recentes também não apóiam essa tese: a temperatura média global tem diminuído há cerca de uma década, mesmo quando os níveis de CO2 continuam aumentando.


5. A alegação: A neve no Monte Kilimanjaro está derretendo por causa do aquecimento global. A verdade: O derretimento está em curso hà mais de um século – muito antes dos jipões SUVs e dos aviões Jumbo – e parece ser o resultado de outras causas. O Juiz Burton observou que os cientistas concordam que a fusão não pode ser atribuída principalmente a “mudanças induzidas pela atividade humana no clima”.


6. A alegação: Lago Chade está desaparecendo por causa do aquecimento global. A verdade: Lago Chade está sim perdendo água, e os humanos estão sim contribuindo para essas perdas. Mas os humanos que vivem nas imediações do lago é que são os culpados – e não toda a humanidade que utiliza combustíveis fósseis. Burton cita fatores como o crescimento da população local, a super exploração e a variabilidade climática regional.


7. A alegação: As pessoas estão sendo forçadas a evacuar atóis do Pacífico, ilhas de coral que circundam as lagoas, por causa da invasão das águas do oceano. A verdade: Por sua própria natureza, os atóis são mais suscetíveis à subida do nível do mar. Mas Burton disse incisivamente em sua sentença que “não há evidência de qualquer evacuação como essa, posto que ainda não aconteceu nenhuma”.


8. A alegação: os recifes de coral estão sofrendo um clareamento e colocando os peixes em perigo. A verdade: Em sua decisão, Burton enfatizou a conclusão do IPCC de que o clareamento poderia matar recifes de coral – se estes não se adaptarem. Um relatório divulgado este ano mostra que os recifes estão prosperando em águas tão quente como algumas pessoas dizem que as águas do oceano serão daqui a 100 anos. Burton também afirmou que é difícil separar o estresse dos recifes de coral do excesso de pesca ou de quaisquer mudanças no clima.


9. A alegação: o aquecimento global poderia interromper “as correntes transportadoras de calor nos oceanos”, provocando uma nova idade do gelo na Europa Ocidental. 
A verdade: Mais uma vez, os aliados de Gore no IPCC estão em desacordo com este argumento. Burton cita a conclusão do IPCC, de que “é muito improvável que as correntes transportadoras nos oceanos parem de funcionar no futuro”. O fato é que a compreensão científica sobre como funcionam as correntes permanece instável, evidenciando a falha na afirmação de Gore.


Fonte: A Grande Farsa do Aquecimento Global


0034 - CLIMATEGATE: O PIOR ESCANDALO CIENTÍFICO DA NOSSA ERA


CHRISTOPHER BOOKER



por Christopher Booker [*]








Por todo o mundo o escândalo do Climategate repercute de modo cada vez mais intenso — excepto em Portugal.   Aqui é como se nada houvesse acontecido pois está a ser encoberto e silenciado.   Jornais que se fartaram de promover a falcatrua do aquecimento global – como oPúblico – fingem agora nada ter a ver com o assunto.   Pior, desonestamente continuam a desinformar e a promover o terrorismo climático.   Eles que se auto-apregoam como jornais "de referência" (do que?) nem sequer se atêm ao princípio jornalístico básico de apresentar as várias versões de um acontecimento.

Por sua vez, o governo do sr. Sócrates, que andou a gastar rios de dinheiro com a intrujice do aquecimento global, também faz de conta que o escândalo nada tem a ver consigo.   Continua (de forma ignorante) a confundir clima com ambiente e a deformar a política energética do país pondo-a ao reboque da impostura do aquecimento global.

E finalmente a União Europeia que se fartou de promover o célebre Protocolo de Quioto – e igualmente a deformar a política energética da UE atrelando-a ao aquecimento global e aos supostos malefícios provocados pelas diabolizadas emissões de CO2 – anda igualmente calada como um rato.

Mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo.

resistir.info

Não se pode permitir que o nosso irremediavelmente comprometido establishment científico escape impune com uma tentativa de camuflagem quanto às estatísticas do aquecimento global.

Uma semana depois de o meu colega James Delingpole, no seu blog Telegraph, cunhar a expressão "Climategate" para descrever o escândalo revelado pela fuga de emails da Climatic Research Unit da Universidade de East Anglia, o Google mostrava que a palavra agora aparece mais de nove milhões de vezes na Internet. Mas em toda esta vasta área de cobertura electrónica, um ponto enormemente relevante acerca destes milhares de documentos tem sido em grande medida omitido.

A razão porque mesmo George Monbiot, do Guardian, exprimiu choque total e desalento com o quadro revelado pelos documentos é que os seus autores não são simplesmente qualquer antigo grupo de académicos. A sua importância não pode ser super-estimada. O que estamos a ver aqui é o pequeno grupo de cientistas que durante anos tem sido mais influente do que qualquer outro na promoção do alarme em todo o mundo acerca do aquecimento global, nem que seja através do papel que desempenharam no cerne do Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) da ONU.

O professor Philip Jones, o director do CRU, é o responsável pelos dois conjuntos de dados chave utilizados pelo IPCC para redigir os seus relatórios. Através do seu link ao Hadley Centre, parte do Met Office britânico, o qual selecciona a maior parte dos contribuidores científicos fundamentais do IPCC, o seu registo da temperatura global é o mais importante dos quatro conjuntos de dados de temperatura sobre os quais repousam o IPCC e os governos – nem que seja para as suas previsões de que o mundo aquecerá a níveis catastróficos a menos que milhões de milhões de dólares sejam gastos para o impedir.

O artigo continua após esta advertência:

O dr. Jones também é uma peça chave do grupo estreitamente coeso de cientistas americanos e britânicos responsáveis por promover o quadro das temperaturas mundiais transmitido pelo gráfico do "hockey stick" de Michael Mann, o qual 10 anos atrás inverteu a história do clima ao mostrar que, após 1000 anos de declínio, as temperaturas globais haviam recentemente disparado para os mais altos níveis da história registada.

Tendo-lhe sido atribuído o estrelato pelo IPCC, ainda que seja pelo modo como pareceu eliminar o desde há muito aceite Período Quente Medieval, quando as temperaturas eram mais elevadas do que hoje, o gráfico tornou-se o ícone central de todo o movimento do aquecimento global de origem antropogénica.

Desde 2003, contudo, quando os métodos estatísticos utilizados para criar o "hockey stick" foram pela primeira vez denunciados pelo perito estatístico canadiano Steve McIntyre como fundamentalmente enviesados, uma batalha cada vez mais acalorada tem estado a ser travada entre os apoiantes de Mann, que se auto-denominam "a Equipe Hockey", e McIntyre e os seus próprios aliados, pois eles têm posto em causa de modo cada vez mais devastador toda a base estatística sobre a qual o IPCC e a CRU construíram a sua argumentação.

Os remetentes e destinatários dos emails escapados da CRU constituem a lista da elite científica do IPCC, incluindo não apenas a "Equipe Hockey", tal como o próprio dr. Mann, o dr. Jones e o seu colega da CRU Keith Briffa, como também Ben Santer, responsável por uma altamente controversa re-redacção de passagens chave do relatório do IPCC de 1995; Kevin Trenberth que de modo igualmente controverso empurrou o IPCC para o alarmismo quanto à actividade de furacões; e Gavin Schmidt, a mão direita do aliado de Al Gore, o dr. James Hansen, cujo registo próprio do GISS [Goddard Institute for Space Studies] de dados de temperatura superficial é o segundo em importância após o da própria CRU.

Nos documentos revelados há três sequências em particular que enviaram uma onda de choque aos observadores informados de todo o mundo. Talvez a mais óbvia, como lucidamente destacado por Willis Eschenbach (ver o blog Climate Audit de McIntyre e o blog Watts Up With That de Anthony Watt), é a altamente perturbadora série de emails que mostra como o dr. Jones e os seus colegas durante anos estiveram a discutir as tácticas tortuosas pelas quais podiam evitar divulgar os seus dados para outros [cientistas] externos de acordo com a legislação sobre liberdade de informação (freedom of information laws). 

Eles sugeriram todas as desculpas possíveis a fim de esconder os dados de base sobre os quais se baseavam as suas descobertas e registos de temperatura.

OS DADOS "PERDIDOS" DO DR. JONES 

Isto por si mesmo tornou-se um grande escândalo, nem que seja pela recusa do dr. Jones a divulgar os dados básicos a partir dos quais a CRU extrai o seu muito influente registo de temperatura, o que no último Verão culminou com a sua espantosa afirmação de que grande parte dos dados de todo o mundo havia simplesmente sido "perdida". O mais incriminador de tudo são os emails nos quais cientistas são aconselhados a eliminar (to delete) grandes blocos (chunks) de dados. Quando isto acontece após a recepção de um requerimento ao abrigo da lei de liberdade de informação constitui um delito criminoso.

Mas a questão que inevitavelmente se levanta desta recusa sistemática a divulgar os seus dados é: o que é que estes cientistas parecem tão ansiosos por esconder? A segunda e mais chocante revelação dos documentos escapados é como eles mostram cientistas a tentarem manipular dados através dos seus tortuosos programas de computador, sempre a apontar apenas para a direcção desejada – reduzir temperaturas passadas e "ajustar" em alta temperaturas recentes, a fim de transmitir a impressão de um aquecimento acelerado. Isto verificou-se tão frequentemente (nos documentos relativos a dados de computador no ficheiro Harry Read Me) que se tornou o elemento único mais perturbador de toda a história. Foi isto que o sr. McIntyre apanhou o dr. Hansen a fazer com o seu registo de temperatura do GISS do ano passado (após o que Hansen foi forçado a rever o seu registo), e dois novos exemplos chocantes agora vieram à luz na Austrália e na Nova Zelândia.

Em cada um destes países foi possível aos cientistas locais compararem o registo da temperatura oficial com os dados originais sobre os quais supostamente estavam baseados. Em cada caso é claro que o mesmo truque foi efectuado – transformar um gráfico de temperatura basicamente constante num gráfico que mostra temperaturas a elevarem-se firmemente. Em cada caso esta manipulação foi executada sob a influência da CRU.

O que é tragicamente evidente a partir do ficheiro Harry Read Me é o quadro que transmite dos cientistas da CRU irremediavelmente confusos com os complexos programas de computador que conceberam para contorcer os seus dados na direcção aprovada, mais de uma vez a exprimirem o seu próprio desespero quanto à dificuldade em conseguirem os resultados que desejavam.

O SILENCIAMENTO DE PERITOS CONTESTATÁRIOS 

A terceira revelação chocante nestes documentos é o modo implacável como estes académicos estiveram determinados a silenciar qualquer perito que questionasse as descobertas a que haviam chegado por tão dúbios métodos – não apenas pela recusa a revelar os seus dados de base como também pela desacreditação e exclusão de qualquer publicação científica que ousasse publicar os seus trabalhos de crítica. Aparentemente eles estavam preparados para travar, se não a reprimir, o debate científico por este meio, nem que seja por assegurar que nenhuma investigação divergente teria lugar nas páginas dos relatórios do IPCC.

Já em 2006, quando o eminente estatístico estado-unidense professor Edward Wegman produziu um relatório pericial para o Congresso dos EUA corroborando a demolição de Steve McIntyre do [gráfico do] "hockey stick", ele denunciou o modo como este mesmo "grupo duramente coeso" de académicos parecia entusiástico apenas em colaborar uns com os outros e fazer "avaliações para publicação" ("peer review") só dos documentos uns dos outros a fim de dominar os resultados daqueles relatórios do IPCC sobre os quais grande parte do futuro dos EUA e da economia mundial poderiam depender. À luz das mais recentes revelações, agora parece ainda mais evidente que estes homens fracassaram na defesa daqueles princípios que jazem no cerne da investigação e debate científico genuínos. Agora um respeitado cientista climático dos EUA, o dr. Eduardo Zorita, propôs que o dr. Mann e o dr. Jones fossem excluídos de qualquer nova participação no IPCC. Mesmo o nosso próprio George Monbiot, horrorizado ao descobrir como fora traído pelos supostos peritos que estivera a reverenciar e a citar por tanto tempo, apelou ao dr. Jones para que se demitisse da chefia da CRU.

O antigo chanceler Lord (Nigel) Lawson, ao lançar na semana passada o seu novo grupo de influência (think tank), o Global Warming Policy Foundation, apelou correctamente a uma investigação independente dentro do labirinto de trapaças revelado pelas fugas da CRU. Mas o inquérito, posto a debate na sexta-feira possivelmente será presidido por Lord Rees, presidente da Royal Society – ela própria uma desavergonhada propagandista da causa aquecimentista –, está longe de ser o que Lord Lawson tinha em mente. Ao nosso establishment científico, irremediavelmente comprometido, não pode ser permitido escapar com um branqueamento do que se tornou o maior escândalo científico da nossa era. 
28/Novembro/2009







  • Ver também Aquecimento global: uma impostura científica , artigo do grande cientista Marcel Leroux publicado por resistir.info em 21/Maio/2006.

    [*] Autor de The Real Global Warming Disaster: Is the Obsession with 'climate change' Turning Out to be the Most Costly Scientific Blunder in History? 

    O original encontra-se em http://globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=16321 


    Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .





  • 0033 - NOTÍCIA DE JULHO DE 2005 SOBRE ENERGIA EÓLICA NO BRASIL


    EXCLUSIVO: Energia eólica é incentivada pelo Governo, mas opinião de especialistas diverge quanto a sua validade

    21/ 07 / 2005


    Redação AmbienteBrasil
    O uso da energia vinda do vento para a produção de eletricidade é novo no Brasil. O país, pela abundância de recursos hídricos, sempre se utilizou desta opção para a geração de energia. Porém, pesquisadores do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica – Cepel – descobriram que o território possui grande potencial para a gestão e uso da energia eólica, através do projeto denominado Mapa Eólico Nacional.

    Os estudiosos fizeram um compilado com informações sobre a pressão atmosférica no país entre os anos de 1987 a 2001 e modelos de relevo e rugosidade do território brasileiro. Com as variáveis, calcularam uma média, que os possibilitou mensurar o comportamento dos ventos nas diversas regiões do Brasil. O resultado apontou que o país é propício à instalação de aerogeradores para a captação do vento, para que este seja transformado em energia elétrica.

    Já existem projetos por parte do Governo Federal para que o uso da energia eólica se desenvolva no país. O Ministério de Minas e Energia (MME) estabeleceu o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica – Proinfa -, que prevê a construção de usinas de captação de energia eólica com capacidade instalada de 1,1 GW (gigawatt) e um contrato com a Eletrobrás (Centrais Elétricas Brasileiras S.A.) com duração de 20 anos.
    Porém, há controvérsias acerca da validade de se investir nesse campo. De acordo com o professor do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Alagoas, Luiz Carlos Molion, “a energia eólica é a última opção para o Brasil”. Já Antonio Leite, coordenador do mapeamento dos ventos do país e pesquisador do Cepel, vê grandes possibilidades no uso da energia eólica. “Esta é uma tecnologia que está em ascensão no Brasil”, afirma.

    “Se aproveitarmos todo o vento que o Brasil pode nos proporcionar em forma de energia, conseguiremos 147 GW de potência instalada, o que equivale a mais de 10 usinas de Itaipu”, defende Leite. Já Molion coloca que, mesmo que o país tenha todo esse potencial, não seria viável encher o território de aerogeradores e, segundo seus cálculos, o gasto com esta empreitada seria de 120 bilhões de dólares.
    Muito se comenta que a geração de energia eólica é onerosa. Segundo Leite, toda tecnologia nova é cara. “Se investíssemos neste tipo de energia, os custos ficariam diluídos nos gastos com a energia hidráulica”, argumenta o pesquisador. Molion contesta: “se paga muito caro por uma estrutura que não funciona adequadamente”. Esta afirmação é sustentada pelo professor com base num estudo feito em Mucuripe, no Ceará. A região possui aerogeradores que, de acordo com ele, durante 10 anos só funcionaram durante 30% do tempo.

    O professor Molion garante que existem outras possibilidades mais viáveis, em se tratando de Brasil. “Podemos continuar explorando os rios para a geração de energia, além de investir na utilização dos óleos vegetais das palmáceas nativas, mamonas e cereais”, diz. Ele também informa que, na região Nordeste, pode-se utilizar a energia solar através de concentradores de calhas parabólicas – segundo ele, uma tecnologia barata, limpa e renovável. Essa tecnologia está sendo desenvolvida há cerca de vinte anos por cientistas norte-americanos, no deserto de Mojave, e, como depende de incidência solar, teria boas chances de ser bem sucedida no Brasil.
    Os estudiosos convergem suas opiniões em apenas dois pontos. Primeiro, o vento é uma fonte de energia intermitente, ou seja, imprevisível: não se sabe quando ele estará propício a cumprir adequadamente tal função. Segundo, a energia eólica é limpa, renovável e não oferece riscos ao meio ambiente.
    Fonte: AMBIENTEBRASIL 


    Sobre Energia Eólica, leiam a postagem deste blog, MOLION: UMA PÁ DE CAL NA ENERGIA EÓLICAMolion falou, pra mim tá falado. 
    Quem gosta de Moinho de Vento são os aquecimentóides, os ambientalóides, as mesmas Ongs de sempre, Greenpeace e outras gangues, um bando de desinformados ou mal intencionados e Don Quixote de La Mancha !

    0032 - CARLOS NOBRE INTERPRETA CICLONE, A MÚSICA PREFERIDA DOS "CIENTISTAS" BRASILEIROS DO IPCC

    Caros leitores,

    Ouçam agora, pelo menos até os 0:27 segundos, Carlos Nobre cantando "Ciclone", um dos seus maiores sucessos nos áureos tempos da Rádio Nacional.

    FOTO DO CICLONE CATARINA

    0031 - MARISA CHOGUILL: TRAGÉDIA DO RIO EXPÕE NECESSIDADE DE AMPLA REFORMA DA TERRA


    POR MARISA CHOGUILL 

    26-JAN-2011

    Tratar seriamente da tragédia dos deslizamentos de terra no Rio implica em tratar da necessidade de reforma da terra no Brasil como solução para o problema dos assentamentos urbanos em zonas de alto risco. Esta não foi a primeira vez que tal tragédia aconteceu, e não será a última se medidas urgentes e efetivas não forem tomadas.

    Aqueles que habitam zonas de risco por falta de outra opção pela qual possam pagar são sempre vítimas de desastres, como aconteceu nos recentes desabamentos de terra no Rio. Os ocupantes dessas zonas sabem do perigo que correm, mas não têm outra escolha. Somente uma política redistributiva da renda, incluindo a reforma da terra, poderia mudar essa situação.

    O Rio é famoso por suas enchentes e deslizamentos de terra (1). Sua topografia irregular está associada a zonas de risco, isto é, zonas inadequadas para habitação por se situarem em áreas sujeitas a deslizamentos de terra, enchentes e outros desastres naturais. Assentamentos em zonas inadequadas ocorrem também nas áreas rurais, ladeando rios e mangues, ou em escarpas. Um sistema de prevenção de desastres em zonas de risco, como o proposto pelo governo federal, seria uma medida meramente paliativa. Poderia salvar vidas, mas as moradias dos habitantes mais pobres continuariam a ser destruídas.

    Se, como informa o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, existem "500 áreas de risco no país, com cerca de 5 milhões de pessoas morando nessas áreas, e outras 300 regiões sujeitas a inundações"(2), a escala do problema é enorme e exige uma solução radical, efetiva, não apenas uma medida paliativa.

    Contudo, uma solução efetiva, neste caso, é necessariamente complexa; há muito a considerar se olharmos para outros aspectos do problema, como a estrutura da produção e da distribuição da renda no país, que resultam na expansão das metrópoles e no esvaziamento do campo.

    Em outras palavras, não se trata apenas de fazer reforma urbana; é preciso considerar também a baixa renda da grande maioria dos atingidos por essa tragédia – razão principal pela qual ocupam (ou ocupavam) zonas de risco. A reforma urbana em si talvez pudesse ajudar a realocá-los, mas, não podendo atender a todas as necessidades de locação, não lhes garantiria emprego ou renda adequada.

    E quanto à expansão das metrópoles, a idéia da descentralização urbana, vista como uma saída para se acalmar o crescimento desenfreado das grandes metrópoles e estimular a ocupação das cidades menores, não passa de utopia enquanto a terra não for redistribuída e os objetivos da produção nacional não forem repensados.

    O que se precisa, de fato, é de uma política nacional de desenvolvimento abrangente, que seja a base de suporte de um planejamento integral com foco não apenas no output econômico das empresas, mas também na distribuição da renda, na distribuição da terra – urbana e rural – de forma adequada para que, gerando oportunidades, atenda aos interesses de todos, e não apenas aos de uma minoria.

    Isso porque as cidades não são apenas locais de moradia e centros de atividades sociais e culturais. As cidades são essencialmente centros econômicos, postos de troca para a produção local e para as regiões produtivas que as cercam. São as atividades produtivas das cidades e do campo que viabilizam a adequada ordenação do território.

    Sem reforma agrária, e sem um redirecionamento da produção nacional para o atendimento das necessidades básicas do povo, não haverá produção local suficiente para estimular as trocas econômicas nas vilas e cidades menores, e as estradas continuarão a ser meros corredores de transporte para as exportações e para os emigrantes rurais e urbanos em direção aos grandes centros.

    No Brasil e na América Latina, desde o início da colonização européia, a ‘fazenda’ é o modelo social vigente e o ‘fazendeiro’ ainda é venerado como um ‘deus todo-poderoso’. Obviamente, as elites rurais, ‘proprietárias’ da terra, não querem mudanças.

    Mas a terra deve ser um bem-social, deve ser distribuída de acordo com as necessidades da sociedade, como acontece na grande maioria dos países hoje desenvolvidos e que, há séculos, realizaram sucessivas reformas agrárias distributivas. Por exemplo: França e Suécia realizaram reformas agrárias no século XVIII; Finlândia nos séculos XVIII, XIX e XX; EUA, Dinamarca, Canadá e Grécia no século XIX; Irlanda e Japão nos séculos XIX e XX; China no século XX.

    Em uma sociedade democrática como é a nossa hoje, tal questão precisa e deve ser examinada com atenção. Talvez possamos pensar a ideologia da ‘propriedade rural’, do ‘fazendeiro’, em termos de uma estratégia de realocação, estimulando a descentralização urbana.

    A tragédia no Rio está a despertar um debate fundamental que precisa ser ampliado. Essa ampliação do debate somente ocorrerá à medida que nossa democracia se torne mais participativa, ampliando-se, e à medida que temas fundamentais passem a ser submetidos à população para sua análise e posicionamento, o que talvez somente seja possível através da democratização da comunicação no país, mas este é assunto para outro artigo...

    É preciso alargar o horizonte das demandas – não se trata de requerermos reforma urbana, apenas, mas reforma agrária também; ou seja, ampla reforma da terra. Há mérito em nos lembrarmos da necessidade e urgência da reforma urbana, entretanto, ao fazê-lo, apenas nos acercamos timidamente da ainda mais abrangente e explosiva questão, realmente crucial e que precisa ser abordada simultaneamente: a questão da reforma agrária.

    Notas:



    Marisa Choguill é arquiteta, PhD em planejamento urbano, consultora, professora e editora assistente da revista acadêmica Habitat International.

    0030 - MOLION: INUNDAÇÕES NÃO SÃO PROVOCADAS PELO AQUECIMENTO GLOBAL

    PROFESSOR LUIZ CARLOS MOLION

    Paulo Roberto Cruz    23/01/2011               

    paulocruz@comerciodojahu.com.br

    O pesquisador brasileiro Luiz Carlos Molion, 62 anos, combate a tese de que há um processo de aquecimento global e de que o aumento da temperatura da Terra seria o causador de catástrofes como a que ocorreu na região serrana do Rio de Janeiro. 


    Ele diz que a atuação irresponsável do homem, ao ocupar áreas impróprias e não prevenir eventos comuns, como enchentes, provoca mortes, sobretudo no Brasil. Molion, que é professor da Universidade Federal de Alagoas, também critica a falta de atuação política para evitar essas situações.


    Leiam a entrevista ao jornal Comércio do Jahu.

    Comércio - Tivemos neste mês, em vários pontos do Brasil e do mundo, problemas causados pelas chuvas. Até que ponto essa situação está relacionada às mudanças climáticas?


    Luiz Carlos Molion - As chuvas estão relacionadas às mudanças climáticas porque o Oceano Pacífico tem mudanças de temperatura a cada 50 ou 60 anos. Ele se aquece por 25 ou 30 anos e se resfria pelo mesmo período de tempo. Quando uma região extensa como o Pacífico muda sua temperatura, todo o clima global é influenciado. De 1977 a 1998 tivemos aquecimento do Pacífico, levando ao aumento de temperatura. Agora o Pacífico está dando sinais de que está esfriando.

    Comércio - Tornou-se comum dizer que há aquecimento global e que inundações são provocadas por esse fenômeno. O senhor concorda com essa afirmação? Por quê?


    Molion - As inundações não são provocadas pelo aquecimento global. Existe uma mudança no clima no sentido de que o Pacífico está esfriando. Isso acarreta mudança em todo o globo, como os invernos rigorosos no Hemisfério Norte. Na Inglaterra, por exemplo, este dezembro foi o segundo mais frio em 350 anos, só perdeu para 1814.

    Comércio - O que favoreceu a tragédia na região serrana do Rio de Janeiro, em sua opinião?


    Molion - O homem sempre agrava a situação, à medida que ele desmata e ocupa encostas, pois isso piora o impacto dos fenômenos. Mas é importante lembrar que fenômenos de mesma intensidade já ocorreram no passado. Em comparação a outros anos, no entanto, houve uma redução de 10% a 20% na intensidade.

    Comércio - Está em tramitação no Congresso o novo código florestal, que pode permitir a ocupação de morros e áreas de várzeas. Não seria uma autorização formal para que catástrofes naturais continuem a ocorrer no Brasil?


    Molion - Temos um problema sério que é o aumento populacional e o fenômeno da aglomeração de pessoas em grandes centros urbanos. Cinquenta e cinco por centoda população do mundo vivem em grandes cidades. Necessitamos de políticas públicas que impeçam as pessoas pobres ou miseráveis de ocupar áreas de risco e não que incentivem.

    Comércio - O Brasil possui centros de estudos climáticos muito avançados. Por que o trabalho que realizam não previne situações como a do Rio de Janeiro?


    Molion - Não adianta ter a melhor informação do mundo, a mais precisa, se não há pessoas qualificadas e um plano adequado para usar essas informações. Em Bauru, há um radar e o Estado de São Paulo está comprando um novo, além dos três já existentes. Aqui os prefeitos e governantes não estão nada preocupados. De 5,6 mil municípios, menos de 400 tem plano integrado de Defesa Civil.

    Comércio - O senhor acredita que as providências anunciadas pelo governo brasileiro para evitar catástrofes naturais terão resultados satisfatórios?


    Molion - Não acredito nas medidas do governo. Logo no início do governo Lula, participei e contribuí para a elaboração de Plano Nacional de Defesa Civil, mas não saiu do papel. O discurso político é grande porque a catástrofe aconteceu no Rio de Janeiro. O governo está anunciando medidas por causa da Copa de 2014 e das Olimpíadas.

    Comércio - Enquanto no Brasil tivemos problemas com as chuvas neste ano, no Hemisfério Norte as nevascas foram intensas. Foi um fato isolado ou há uma tendência de que haja invernos mais frios nos próximos anos?


    Molion - O resfriamento global é pequeno, com baixa na temperatura de apenas 0,3 a 0,5 graus. Mas ele se manifesta por meio de invernos rigorosos, como ocorreu em 2005, 2007 e 2010. Na América do Sul, esperamos um inverno mais rigoroso para julho.

    Comércio - O senhor combate a tese de que há gás carbônico (CO2) em demasia na atmosfera e de que seria o causador do aquecimento global. Qual sua opinião a respeito dessa afirmação? 


    Molion - Não concordo com essa afirmação. O clima global é controlado pelo sol e pelo calor armazenado nos oceanos, e não pelo CO2. Na região tropical, há mais um controlador que é a cobertura de nuvem. Inevitavelmente, vamos entrar em um período frio nos próximos 20 anos. 

    Comércio - Mas as calotas polares diminuíram e isso está comprovado por imagens de satélite. Não seria um efeito do aumento da temperatura da Terra?


    Molion - O degelo de calotas foi bastante grande, com pico em 2007. Houve 1,4 milhão de quilômetros quadrados de redução no Ártico. Isso ocorreu porque o Atlântico Norte também tem variação de temperatura a cada período de 20 a 40 anos. A partir de 1995, o Atlântico começou a se aquecer, de maneira que as águas estão 0,6 ºC ou 0,7ºC mais quentes. Assim que o Atlântico começar a esfriar, menos água quente será transportada para o Ártico e ele será coberto novamente de gelo. 

    Comércio - Historicamente, temos estações bem definidas em países do Hemisfério Norte e o inverso no Sul. É correto dizer que esse quadro está em fase de mudanças? Por quê?


    Molion - Não é correto. O padrão vai continuar assim, porque as estações do ano são definidas por parâmetros astronômicos, como a órbita da terra em torno do sol, a inclinação do eixo de rotação e o bamboleio do eixo, que é chamado de precessão dos equinócios. É isso que controla o fluxo de radiação que chega do Sol e que estabelece as estações do ano. A menos que os padrões orbitais mudem drasticamente, ninguém pode afirmar que haverá uma inversão.