DR, KELVIN KEMM |
"É hora de dar à toda a humanidade uma chance real de desfrutar de um verdadeiro desenvolvimento"
DEPOIS DA RIO+20, O QUE VIRÁ?
Por Dr. Kelvin Kemm
28 de junho de 2012
Aqui na África do Sul, vemos os ataques diários da caça internacional ilegal sobre nossos elefantes e rinocerontes. É uma desgraça. Para nós, no sul, no dia do solstício do inverno, em junho (nossos invernos são o oposto para os que estão no Hemisfério Norte), o total de rinocerontes baleados este ano é de 251, apenas para conseguir seus chifres, que ainda são vistos como afrodisíacos e remédios em muitos países asiáticos. O total do ano passado foi 448, mais de um por dia - por isso está piorando. Os caçadores ilegais agora estão usando helicópteros e metralhadoras, e muitas vezes levando moto-serras e cortando os chifres dos rinocerontes ainda vivos.
Há muito a fazer para sustentar e proteger o ambiente natural do mundo. Isso deve ser feito - mas bem feito, e honestamente. O lado ruim da Rio+20 é o grau de desonestidade científica e manipulação econômica que tem se arrastado para o debate internacional. Isso é chocante.
Nos últimos anos temos ouvido muito sobre "a mudança climática", eu estou neste momento gravando e dizendo que eu não acredito que as atividades humanas que produzem dióxido de carbono (CO2) estão fazendo uma contribuição significativa para a mudança climática - Certamente não, nada de perigoso ou catastrófico.
A mudança climática observada parece estar em linha com os últimos ciclos históricos meteorológicos - e provavelmente ligado aos naturais raios cósmicos que interagem com os campos magnéticos da Terra e do sistema solar numa seletiva e forte interação magnética.
Mas existem organizações no mundo que querem que a humanidade se sinta em falta, de modo que haja alguém para culpar e atacar, alguém para fiscalizar e controlar, e alguém para encorajar a ser "tradicional" e "sustentável" - e, conseqüentemente, num estado de pobreza e de doença primitiva perpétua ... no limite da sobrevivência.
Notou-se que a Rio+20 afastou-se do tema da "mudança climática". Parece que a mudança no clima, que os extremistas verdes haviam previsto com grande prazer, não vem ocorrendo. Então, a mudança climática está morrendo como um "conceito comercial." Eles não podem usá-la mais para assustar as pessoas suficientemente.
Assim, a Rio+20 ficou focada nos conceitos de "biodiversidade" e "desenvolvimento sustentável", como os principais temas, e, portanto, as principais "preocupações." Se as pessoas podem ser levadas para se preocupar, eles podem ser induzidas ao medo, e depois elas podem ser controladas.
A Rio+20 foi somente sobre o controle internacional. Algumas organizações verdes claramente querem exercer o controle direto sobre os governos do mundo, e querem impor a sua marca de um governo mundial em nosso planeta, comunidades, empresas e famílias. Os conceitos de biodiversidade e desenvolvimento sustentável lhes dão a alavancagem.
Os verdes afirmam que as nossas espécies vegetais e animais, os nossos recursos naturais, o nosso ar e água, e o nosso planeta está em apuros tão desesperador que os extremistas verdes devem assumir o controle. Eles irão então, defender a "biodiversidade", e para isso eles vão decidir o que realmente significa o "desenvolvimento sustentável" e como ele deve ser implementado.
Eles vão decidir como, quando e onde qualquer comunidade será permitida a "desenvolver-se". É interessante ver um outro olhar na Declaração de Joanesburgo sobre o Desenvolvimento Sustentável, que saiu da Conferência Mundial do Meio Ambiente de 2002, lá realizada. Ela incluía o pedido para que o mundo prestasse atenção às "condições mundiais que apresentam severas ameaças ao desenvolvimento sustentável do nosso povo, que incluem: a fome crônica, desnutrição ... doenças endêmicas, transmissíveis e crônicas, em particular o HIV / AIDS, malária e tuberculose."
O que aconteceu com todas estas questões humanas na Rio+20? Elas foram embora. Por alguma razão, a versão carioca da "biodiversidade" e "sustentabilidade" não incluem os seres humanos.
No Rio, o chefe do WWF afirmou que a sua ONG queria "informação transparente e revisão anual sobre as reformas de subsídios, levando à eliminação até 2020 de todos os subsídios prejudiciais ao ambiente, em particular os subsídios aos combustíveis fósseis". Quem essas pessoas pensam que são? E por que eles não disseram absolutamente nada sobre os quase US $ 1 trilhão que a Bloomberg New Energy Finance relatou que foram gastos em todo o mundo apenas desde 2004 em energia eólica, solar, biocombustíveis e outros esquemas "renováveis" de energia, que qualquer observador objetivo seria capaz de compreender que não são "sustentáveis", simplesmente por motivos econômicos, ambientais ou por qualquer outro.
Além disso, esta declaração do WWF se destina a dar autenticidade a algum "governo mundial", para dizer as nações soberanas como cuidar de seus próprios cidadãos.
Em muitos países africanos a construção de uma usina a carvão irá reduzir as emissões de CO2. Como? Porque há milhões de famílias que não têm eletricidade, e assim cozinham em fogueiras ou estrume. Estes incêndios queimam de forma ineficiente e produzem dióxido de carbono não apenas, mas muitos poluentes atmosféricos que causam dano ou até mesmo matam pessoas. Se milhares destes incêndios são substituídos por uma moderna usina de energia movida a carvão, o efeito líquido seria de levar à melhor qualidade do ar e menos CO2 por unidade de energia.
Tal ação seria um avanço significativo, mesmo se o CO2 fosse realmente um problema, embora muitas provas científicas mostram que não é. Esta evidência, claro, é vaiada por aqueles que têm interesse em perpetuar "a perigosa mudança climática causado pelo homem" como uma tese, ou como uma "mamata" profissional. Tal abordagem não é honesta e não é ciência.
Enquanto isso, no entanto, os países europeus introduziram um imposto sobre o carbono das emissões em aviões de passageiros sobrevoando seu espaço aéreo. O imposto, por passageiro, é calculado pelo total de milhas voadas, assim, os passageiros com voos para Europa a partir de lugares distantes como África do Sul e Austrália pagam taxas muito mais elevadas de emissões para os europeus para limpar o "Euro Ar" do que próprios cidadãos da UE, que, coletivamente, voam muito mais milhas cumulativas em toda a Europa. Apesar dos apelos da África do Sul para poupar-nos do imposto, que foram rejeitados. Nós estamos ficando doentes e cansados dessa atitude arrogante do Primeiro Mundo.
Agora na Rio+20 somos informados de que um objetivo para o desenvolvimento é afastar-se do "ultrapassado" conceito de medir o crescimento nacional com o Produto Interno Bruto (PIB) - e sim usar medidas mais "modernas" e "justas" como o "Happy Planet Index" (HPI), em que alguma autoridade mundial ou burocrata vai colocar um "valor ambiental" em manter o nosso meio ambiente "puro" e "tradicional". Esses valores serão construídos no HPI. Entretanto, muitas pessoas na África continuarão a cortar habitats para queimar madeira e esterco, e vamos continuar lutando com os caçadores de elefantes e rinocerontes, tudo por nós mesmos.
No Rio, oito dos maiores bancos de desenvolvimento do mundo anunciaram o maior compromisso monetário que sairá da Rio+20, uma iniciativa de
$ 175.000.000.000 dos EUA para deslocar o investimento longe das estradas para o transporte público. Eles querem usar o dinheiro para promover o uso de ônibus, trens e bicicletas, em vez de carros e aviões.
Em muitas partes da África nós não temos sequer uma estrada ainda. Não há eletricidade, nem escolas, nem clínicas.
Chegou a hora da ONU, UE, EUA e outros benfeitores verdes descerem do alto dos seus cavalos anti-desenvolvimento:
___________
O Dr. Kelvin Kemm é um físico nuclear e consultor de estratégia de negócios em Pretória, África do Sul. Ele é um membro do Conselho Internacional de Assessores do Comitê para um amanhã Construtivo (CFACT), com sede em Washington, DC ( www.CFACT.org ). O Dr. Kemm recebeu o prestigioso Prêmio Lifetime Achievers Award of the National Science and Technology Forum of South Africa.
28 de junho de 2012
Convidado por Anthony Watts
(Tradução: Maurício Porto)
A Rio+20, Conferência Mundial do Meio Ambiente veio e se foi. O "Plus 20" vem do fato de que ela ocorreu vinte anos após a primeira conferência desse tipo, realizada no Rio de Janeiro, Brasil, em 1992. Entre essas datas, eu era um delegado na Conferência Mundial do Meio Ambiente de 2002 em Joanesburgo, África do Sul. Desde 1992 eu assisti a eco-evolução crescendo.
Há um lado bom e um lado ruim. O lado bom é que a consciência ambiental mundial foi aprimorada. Isso é definitivamente bom. Mas, ainda há muito a ser feito especialmente em países pobres, onde muitas pessoas estão sempre no limite da sobrevivência, as pessoas precisam ganhar a vida fora da sua terra, e muitos vão fazer o que for preciso para ganhar um pouco de dinheiro, apenas para sobreviver por mais um dia.
A Rio+20, Conferência Mundial do Meio Ambiente veio e se foi. O "Plus 20" vem do fato de que ela ocorreu vinte anos após a primeira conferência desse tipo, realizada no Rio de Janeiro, Brasil, em 1992. Entre essas datas, eu era um delegado na Conferência Mundial do Meio Ambiente de 2002 em Joanesburgo, África do Sul. Desde 1992 eu assisti a eco-evolução crescendo.
Há um lado bom e um lado ruim. O lado bom é que a consciência ambiental mundial foi aprimorada. Isso é definitivamente bom. Mas, ainda há muito a ser feito especialmente em países pobres, onde muitas pessoas estão sempre no limite da sobrevivência, as pessoas precisam ganhar a vida fora da sua terra, e muitos vão fazer o que for preciso para ganhar um pouco de dinheiro, apenas para sobreviver por mais um dia.
Aqui na África do Sul, vemos os ataques diários da caça internacional ilegal sobre nossos elefantes e rinocerontes. É uma desgraça. Para nós, no sul, no dia do solstício do inverno, em junho (nossos invernos são o oposto para os que estão no Hemisfério Norte), o total de rinocerontes baleados este ano é de 251, apenas para conseguir seus chifres, que ainda são vistos como afrodisíacos e remédios em muitos países asiáticos. O total do ano passado foi 448, mais de um por dia - por isso está piorando. Os caçadores ilegais agora estão usando helicópteros e metralhadoras, e muitas vezes levando moto-serras e cortando os chifres dos rinocerontes ainda vivos.
Há muito a fazer para sustentar e proteger o ambiente natural do mundo. Isso deve ser feito - mas bem feito, e honestamente. O lado ruim da Rio+20 é o grau de desonestidade científica e manipulação econômica que tem se arrastado para o debate internacional. Isso é chocante.
Nos últimos anos temos ouvido muito sobre "a mudança climática", eu estou neste momento gravando e dizendo que eu não acredito que as atividades humanas que produzem dióxido de carbono (CO2) estão fazendo uma contribuição significativa para a mudança climática - Certamente não, nada de perigoso ou catastrófico.
A mudança climática observada parece estar em linha com os últimos ciclos históricos meteorológicos - e provavelmente ligado aos naturais raios cósmicos que interagem com os campos magnéticos da Terra e do sistema solar numa seletiva e forte interação magnética.
Mas existem organizações no mundo que querem que a humanidade se sinta em falta, de modo que haja alguém para culpar e atacar, alguém para fiscalizar e controlar, e alguém para encorajar a ser "tradicional" e "sustentável" - e, conseqüentemente, num estado de pobreza e de doença primitiva perpétua ... no limite da sobrevivência.
Notou-se que a Rio+20 afastou-se do tema da "mudança climática". Parece que a mudança no clima, que os extremistas verdes haviam previsto com grande prazer, não vem ocorrendo. Então, a mudança climática está morrendo como um "conceito comercial." Eles não podem usá-la mais para assustar as pessoas suficientemente.
Assim, a Rio+20 ficou focada nos conceitos de "biodiversidade" e "desenvolvimento sustentável", como os principais temas, e, portanto, as principais "preocupações." Se as pessoas podem ser levadas para se preocupar, eles podem ser induzidas ao medo, e depois elas podem ser controladas.
A Rio+20 foi somente sobre o controle internacional. Algumas organizações verdes claramente querem exercer o controle direto sobre os governos do mundo, e querem impor a sua marca de um governo mundial em nosso planeta, comunidades, empresas e famílias. Os conceitos de biodiversidade e desenvolvimento sustentável lhes dão a alavancagem.
Os verdes afirmam que as nossas espécies vegetais e animais, os nossos recursos naturais, o nosso ar e água, e o nosso planeta está em apuros tão desesperador que os extremistas verdes devem assumir o controle. Eles irão então, defender a "biodiversidade", e para isso eles vão decidir o que realmente significa o "desenvolvimento sustentável" e como ele deve ser implementado.
Eles vão decidir como, quando e onde qualquer comunidade será permitida a "desenvolver-se". É interessante ver um outro olhar na Declaração de Joanesburgo sobre o Desenvolvimento Sustentável, que saiu da Conferência Mundial do Meio Ambiente de 2002, lá realizada. Ela incluía o pedido para que o mundo prestasse atenção às "condições mundiais que apresentam severas ameaças ao desenvolvimento sustentável do nosso povo, que incluem: a fome crônica, desnutrição ... doenças endêmicas, transmissíveis e crônicas, em particular o HIV / AIDS, malária e tuberculose."
O que aconteceu com todas estas questões humanas na Rio+20? Elas foram embora. Por alguma razão, a versão carioca da "biodiversidade" e "sustentabilidade" não incluem os seres humanos.
No Rio, o chefe do WWF afirmou que a sua ONG queria "informação transparente e revisão anual sobre as reformas de subsídios, levando à eliminação até 2020 de todos os subsídios prejudiciais ao ambiente, em particular os subsídios aos combustíveis fósseis". Quem essas pessoas pensam que são? E por que eles não disseram absolutamente nada sobre os quase US $ 1 trilhão que a Bloomberg New Energy Finance relatou que foram gastos em todo o mundo apenas desde 2004 em energia eólica, solar, biocombustíveis e outros esquemas "renováveis" de energia, que qualquer observador objetivo seria capaz de compreender que não são "sustentáveis", simplesmente por motivos econômicos, ambientais ou por qualquer outro.
Além disso, esta declaração do WWF se destina a dar autenticidade a algum "governo mundial", para dizer as nações soberanas como cuidar de seus próprios cidadãos.
Em muitos países africanos a construção de uma usina a carvão irá reduzir as emissões de CO2. Como? Porque há milhões de famílias que não têm eletricidade, e assim cozinham em fogueiras ou estrume. Estes incêndios queimam de forma ineficiente e produzem dióxido de carbono não apenas, mas muitos poluentes atmosféricos que causam dano ou até mesmo matam pessoas. Se milhares destes incêndios são substituídos por uma moderna usina de energia movida a carvão, o efeito líquido seria de levar à melhor qualidade do ar e menos CO2 por unidade de energia.
Tal ação seria um avanço significativo, mesmo se o CO2 fosse realmente um problema, embora muitas provas científicas mostram que não é. Esta evidência, claro, é vaiada por aqueles que têm interesse em perpetuar "a perigosa mudança climática causado pelo homem" como uma tese, ou como uma "mamata" profissional. Tal abordagem não é honesta e não é ciência.
Enquanto isso, no entanto, os países europeus introduziram um imposto sobre o carbono das emissões em aviões de passageiros sobrevoando seu espaço aéreo. O imposto, por passageiro, é calculado pelo total de milhas voadas, assim, os passageiros com voos para Europa a partir de lugares distantes como África do Sul e Austrália pagam taxas muito mais elevadas de emissões para os europeus para limpar o "Euro Ar" do que próprios cidadãos da UE, que, coletivamente, voam muito mais milhas cumulativas em toda a Europa. Apesar dos apelos da África do Sul para poupar-nos do imposto, que foram rejeitados. Nós estamos ficando doentes e cansados dessa atitude arrogante do Primeiro Mundo.
Agora na Rio+20 somos informados de que um objetivo para o desenvolvimento é afastar-se do "ultrapassado" conceito de medir o crescimento nacional com o Produto Interno Bruto (PIB) - e sim usar medidas mais "modernas" e "justas" como o "Happy Planet Index" (HPI), em que alguma autoridade mundial ou burocrata vai colocar um "valor ambiental" em manter o nosso meio ambiente "puro" e "tradicional". Esses valores serão construídos no HPI. Entretanto, muitas pessoas na África continuarão a cortar habitats para queimar madeira e esterco, e vamos continuar lutando com os caçadores de elefantes e rinocerontes, tudo por nós mesmos.
No Rio, oito dos maiores bancos de desenvolvimento do mundo anunciaram o maior compromisso monetário que sairá da Rio+20, uma iniciativa de
$ 175.000.000.000 dos EUA para deslocar o investimento longe das estradas para o transporte público. Eles querem usar o dinheiro para promover o uso de ônibus, trens e bicicletas, em vez de carros e aviões.
Em muitas partes da África nós não temos sequer uma estrada ainda. Não há eletricidade, nem escolas, nem clínicas.
Chegou a hora da ONU, UE, EUA e outros benfeitores verdes descerem do alto dos seus cavalos anti-desenvolvimento:
É hora de dar à toda a humanidade uma chance real de desfrutar de um verdadeiro desenvolvimento.
É hora de parar de usar o ardil da "preservação da biodiversidade" para manter as pessoas mais pobres do mundo para sempre na pobreza.
O Dr. Kelvin Kemm é um físico nuclear e consultor de estratégia de negócios em Pretória, África do Sul. Ele é um membro do Conselho Internacional de Assessores do Comitê para um amanhã Construtivo (CFACT), com sede em Washington, DC ( www.CFACT.org ). O Dr. Kemm recebeu o prestigioso Prêmio Lifetime Achievers Award of the National Science and Technology Forum of South Africa.
Fonte: Watts Up With That?
Olá Maurício...
ResponderExcluirTirando as palavras "em particular o HIV / AIDS" o resto é aceitável... Infelizmente o mal da nossa Civilização está no SISTEMA MONETÁRIO, aqui abordado nas palavras "...e muitos vão fazer o que for preciso para ganhar um pouco de dinheiro, apenas para sobreviver por mais um dia." mas não compreendido!
No dia em que um animal humano não necessite de "dinheiro" para sobreviver, será então esse o dia em que estaremos a viver em SUSTENTABILIDADE... Até lá é apenas a continuação da agonia a que temos assistido até hoje...
Abraços...