domingo, 9 de dezembro de 2012

0405 - ENTREVISTA COM O PROFESSOR RICARDO FELÍCIO

PROFESSOR RICARDO FELÍCIO / FOTO: TERRA


...O dióxido de carbono tem resposta à freqüência fria do infravermelho, portanto, se por algum acaso ele interceptasse tal radiação, isto só aconteceria se a Terra estivesse emitindo em temperaturas extremamente baixas, e não, altas, como a hipótese evoca...(Prof. Ricardo Felício).

1. Muito se fala sobre efeito estufa e aquecimento global, quais são os erros mais comuns que podem ser encontrados nas falas e crenças das pessoas sobre esses assuntos? 


Primeiramente porque o conceito de “efeito estufa” está errado. A atmosfera da Terra não trabalha como uma estufa. Em uma estufa, a chamada casinha de vidro, a radiação de ondas curtas provenientes do Sol passa pelo vidro, incide sobre a superfície, aquecendo-a pelo processo de insolação. Uma vez que isto ocorre, a radiação passa a ser emitida por ondas longas e ao mesmo tempo aquece o ar. A radiação de ondas longas sai da estufa, passando pelo vidro e indo embora. Notar que os processos radiativos ocorrem na velocidade da luz, portanto, são extremamente velozes. Contudo, o que não sai de dentro da estufa é o ar aquecido. Desta forma, o princípio físico da estufa é conter a dinâmica de fluidos e não reter radiação e por isto que ela fica aquecida. Porém, mesmo dentro de uma estufa, em um dia de inverno, com céu estrelado, a superfície interna vai se resfriar tanto, pelo mesmo processo radiativo das ondas longas que se o agricultor não ligar os ventiladores internos para misturar o ar quente aprisionado, com o ar que está em processo de resfriamento próximo da superfície, ele terá uma geada dentro da própria estufa. A atmosfera da Terra não tem um padrão de estufa porque nela não se bloqueia a dinâmica de fluidos e o ar quente participa dos processos de convecção secos ou úmidos, ativa a turbulência da camada limite entre outros fatores. Desta forma, a perda de radiação de ondas longas é apenas uma das formas de transferência de energia, a qual, recordando, ocorre na velocidade da luz, enquanto que todos os outros processos são muito mais lentos. Vale recordar que já em 1909 o “efeito estufa” foi estudado pelo físico, o Prof. Robert Williams Wood. Ele realizou experimentos com diversos tipos de vidros e coberturas de quartzo (as quais não retêm nada de radiação de onda longa. Então, há 103 anos atrás ele já havia constatado que não era possível este efeito concebido como uma camada que aprisiona a energia refletida pelo planeta na freqüência da onda longa. Uma vez que a hipótese (e não teoria) do AGA trabalha nesta vertente e ela não é possível de ser verificada nem em laboratório e nem na atmosfera real, como bem mostram os estudos de radiossondagem realizados mundialmente pelo Prof. John Christy, da NASA, onde não se encontram temperaturas elevadas na média e alta troposfera (primeira camada da atmosfera, de baixo para cima). A hipótese ainda tem mais falhas, como a resposta à radiação de onda longa realizada pelo principal gás, onde se atribui o conceito de “estufa”. O dióxido de carbono tem resposta à freqüência fria do infravermelho, portanto, se por algum acaso ele interceptasse tal radiação, isto só aconteceria se a Terra estivesse emitindo em temperaturas extremamente baixas, e não, altas, como a hipótese evoca. 

2. Por que alguns especialistas levantaram teses de que o homem não é o causador do aquecimento global? Seus argumentos são válidos? 

Sim, são completamente válidos, dado que o homem não interfere nos fluxos de massa e energia do planeta. A atividade humana não compete com o Sol, os oceanos, vulcões, nuvens e com o teor de água na atmosfera. Além disto, como mostrado, a hipótese do AGA utiliza uma física impossível. O Prof. Patrick Frank, entre muitos outros, ressalta bem isto. De fato, não há base científica alguma garantida para assegurar que o suposto aquecimento é causado por “gases estufa” produzidos pelo homem porque a teoria física atual é extremamente inadequada para definir qualquer causa que seja. O pior de tudo é que como a natureza não corrobora na fortificação da tal hipótese, recorre-se aos modelos numéricos computadorizados onde o principal agente “modelado” é a tal física impossível dos “gases estufa”. Este é um erro epistemológico crasso quando um resultado de modelo é a prova da hipótese. 

3. Já se pode ver algum resultado dos esforços de diminuir o efeito estufa? 

Claro que não e nunca se verá, pois não são os chamados “gases estufas” os controladores do clima da Terra. Insistir neste ponto é completa idiotice. Quando a hipótese não pode ser corroborada, ela deve ser descartada. Inclusive, a própria natureza já vai se encarregar de nos lançar em mais um período frio, que já vem se manifestando desde 1998 e tomando as suas devidas proporções desde 2007. Este período de resfriamento será muito semelhante aos ocorridos nos anos de 1920 e entre 1970 a 1980. Desta forma, verificamos que as coisas são cíclicas, elas estão sempre mudando. 

4. Qual a sua opinião sobre as medidas tomadas pelos governantes e pelos cidadãos para diminuir os impactos ambientais causados por nós mesmos? 

Não se deve confundir problemas ambientais com “mudanças climáticas” por causa da natureza escalar. As atividades humanas são várias ordens de grandeza menores que as planetárias e mesmo as maiores obras humanas, de fato, imitam as naturais, como lagos de reservatórios ou áreas de cultivo. O que devemos refletir é que há certas coisas que podemos abrir mão, aplicando conservação, por exemplo, e outras que devemos usar para gerar renda, conforto etc. para a sobrevivência humana. O uso da razão sobre os recursos naturais apaga a fantasia do “desenvolvimento sustentável”, um abracadabra moderno, que não passa de um discurso neo-malthusiano, aplicado sobre as nações em desenvolvimento, travestido de compromisso social com as gerações do futuro (pessoas que não existem) em detrimento das pessoas do presente (aquelas que necessitam). De fato, o tal “caos ambiental” pregado, também não passa de uma emergência fabricada que visa criar o medo, o pânico e o terror nas pessoas, as quais sabemos muito bem que sucumbirão ao apelo, dado que a nossa atual sociedade, desligada de seu meio natural, torna-se uma presa fácil, pois apresenta um alto nível de alienação e desligamento do mundo em que vive.

Autor da entrevista: Thales Diniz
Redator do blog “Impacto Ambiental”


Fonte: blog FAKECLIMATE



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