0279 - Crise de energia na Índia deixa 600 milhões sem energia

BLACKOUT GIGANTESCO NA ÍNDIA

Por Dr. Benny Peiser, GWPF (Global Warming Policy Foundation)

31 de julho de 2012
(Tradução: Maurício Porto)

A crise de energia na Índia se espalhou por toda metade do país na terça-feira, quando ambas as suas redes de eletricidade leste e norte, desabaram, deixando 600 milhões de pessoas sem energia num dos maiores apagões da história do mundo . Semáforos se apagaram em Nova Delhi. O sistema ferroviário do Metro da cidade, que atende cerca de 1,8 milhões de pessoas por dia, foi totalmente desligado pelo o segundo dia consecutivo. A nova falta de energia  afetou a população de 13 estados - mais do que toda a população da União Europeia. Foram levantadas sérias preocupações sobre a infra-estrutura ultrapassada da Índia e seu apetite insaciável por energia que o governo tem sido incapaz de cumprir. -Associated Press, 31 de julho de 2012

Mais da metade da capacidade de geração de energia da Índia totalizando 205 gigawatts é à base de carvão, da Coal India Ltd., o maior  produtor de carvão do mundo, que está sendo incapaz de produzir o suficiente devido a atrasos na obtenção de licenças ambientais para a mineração. Enquanto isso, brindes do governo na forma de eletricidade gratuita aos agricultores e uma relutância entre os políticos para aumentar as tarifas de energia para cobrir os custos suficientemente, drenaram as reservas de caixa em grande parte da estatal de eletricidade para a distribuição para as empresas, deixando-as com dívidas crescentes e a capacidade prejudicada de comprar energia. - O Wall Street Journal, 30 de julho de 2012

Siddharth Bhargava, um analista de pesquisa da Matthews Capital Management International, em San Francisco, alertou em abril deste ano que a Índia está à beira de uma crise energética gigantesca. Ele indicou que o carvão é responsável por metade de fontes energéticas da Índia e que a oferta é em grande parte controlada por apenas uma empresa estatal (Coal India Ltd.). "Além disso, as restrições ambientais intensificaram ao longo dos últimos anos, levando ao fechamento de várias minas de carvão." - Palash R Deus, International Business Times, 30 de Julho de 2012

A Índia está enfrentando uma crise energética que está desacelerando o crescimento econômico da maior democracia do mundo. Está em causa a capacidade da Índia para levar eletricidade a 400 milhões de residentes rurais, um terço da população, bem como manter as luzes acesas em torres de escritórios corporativos e fornecer combustível suficiente para 1,5 milhão de veículos novos adicionados às estradas a cada mês. Com a demanda anual deverá aumentar para mais do dobro nas próximas duas décadas, para o equivalente a seis bilhões de barris de petróleo, a crise de energia ameaça tirar a Índia para fora de seu caminho de crescimento. - Amol Sharma e Megha Bahree, The Wall Street Journal, 01 de julho de 2012

O consumo de energia na Índia deve dobrar para 1.124 kg de óleo equivalente (kgoe) até 2031-32 como suporte da expansão econômica elevada, foi o que mostrou um estudo conjunto, na quarta-feira  feito pela consultoria Deloitte e pela câmara de indústria Assocham. O relatório disse que uma estratégia multifacetada , como o aumento da produção de petróleo e gás e a diversificação de fontes de importação, são necessários para atender à demanda crescente de energia na Índia, que está fortemente dependente das importações. Com a demanda por hidrocarbonetos intimamente ligado ao crescimento econômico, a demanda por produtos petrolíferos deve crescer de 6 por cento. - Newstrack Índia, 25 de julho de 2012

Horas de queda de energia no verão escaldante, nesta segunda-feira desencadeou protestos na maior parte do Paquistão e manifestantes atacaram escritórios de serviços de fornecimento de energia em algumas áreas. O Paquistão enfrenta cerca de um  déficit  de 5000 MW de eletricidade, que obrigou o governo a cortar a energia para cerca de 12 horas diárias nas principais cidades, incluindo capital Islamabad. Nas cidades pequenas e nas áreas rurais, a energia é suspensa por quase 18 horas. A falta de energia também afetou sistema de água potável, porque os poços tubulares não foram executados a tempo. Os comerciantes também aderiram aos comícios em diferentes partes do Paquistão, afirmando que a crise de energia tem afetado os seus negócios. A polícia disparou para o ar e usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes que atacaram escritórios de empresas de fornecimento de energia e veículos do governo em algumas partes do país. - CriEnglish.com, 31 de julho de 2012

Fonte: Climate Change Dispatch