terça-feira, 15 de novembro de 2011

0116 - EU VOU PASSAR A NÃO RECICLAR

PARA OS VERDES, LAVOISIERS MODERNOS,
"NA NATUREZA NADA SE CRIA, NADA SE DESTRÓI, 
TUDO SE TRANSFORMA, EM DINHEIRO"
(MAURÍCIO PORTO)
Caros leitores,


Esta postagem eu encontrei no excelente e amigo site português EcoTretas
Adicionei entre parênteses, apenas algumas poucas palavras adaptadas ao português do Brasil. Fiquem com o texto. 


Nas minhas deambulações pela net, descobri num site Verde, uma daquelas reflexões que todos fazemos, que abaixo transcrevo... Já tinha ideias para deixar de reciclar, mas agora acho que tenho uma motivação maior:

Eu não Reciclo.

Vou ser insultado várias, porque poucos vão ler este artigo até ao fim.

Em 20 anos apenas, apagaram a memórias do vasilhame, do farrapeiro, da compras por grosso, dos sacos de pano.

Em 20 anos apenas, formataram pessoas a reciclar, a comprar e a reciclar.

No final da década 80, no inicio da forte campanha à reciclagem, quando se comprava água ou um refrigerante, comprava-se a embalagem, e era possível, trocar por outra cheia ou vender a embalagem.

As garrafas não tinham fim de vida, mas vida continua. Curioso, como em 20 anos, a vida da garrafa (agora de vidro ou plástico), só tem uma vida. Sim, só tem uma vida, mas que nos dizem que vai ter nova vida, depois de um gasto energético brutal, isso já não o dizem. Há 20 anos, existiam garrafões de agua e de vinho em vidro, reutilizáveis. Agora existem garrafões de plástico recicláveis.

Há 20 anos, existiam os farrapeiros, que nos compravam o papel e farrapos para a reciclagem. Hoje existem bidões (lixeiras) que damos o papel ou cartão que pagamos, quando compramos um qualquer produto, porque isso é bom para o ambiente, mas o que não nos dizem é que para reciclar e lavar esse todo papel existe um gasto brutal de energia, água e lixívias para tornarmos a ter papel muito branco. Pois, em 20 anos, criaram-se mais embalagens de cartão e papel, que pagamos quando adquirimos um qualquer produtos, e depois entregamos aos bidões gratuitamente.

Há 20 anos, o arroz, o feijão e outros produtos que tais comprava-se a grosso e levava-se um saco de pano. Agora existem muitas embalagem em plástico, para qualquer produto alimentar, que depois recicla-se, para isso basta colocar no bidão, porque é bom para o ambiente, mas não interessa as necessidades de energia para tal.

Agora quem recicla é amigo do ambiente, quem não o faz um criminoso. Mas, eu não quero reciclar, quero ter vasilhames, sacos de pano e comprar a grosso e entregar o excesso de papel ao farrapeiro que me dá dinheiro.

Agora pago 3 vezes, pela mesma embalagem, quando compro o produto, quando pago a taxa de resíduos na factura da água, e quando reciclo. Mas, eu só quero pagar a Taxa de lixo.

Neste novo século as campanhas à reciclagem alargaram-se aos electrodomésticos e “novas tecnologias”, pois estas “coisas” duram pouco temo e se deitar-mo ao lixo fazem mal ao ambiente. Mas, eu quero aparelhos que durem muito tempo. Será que os aparelhos estão programados para durar pouco tempo? Eu, diria que sim. Mas, seguindo a lógica devo-me actualizar e entregar os desactualizados no bidão. Mas eu paguei por esse produto, e vão reutilizar esse material, então eu quero que me paguem.

Neste novo século paga-se taxa na entrega de velhos pneus e óleos e pilhas, mas eu pago quando compro estes produtos, entrego-os e depois são reutilizados para fazer estradas, energia e novas pilhas. Eu, quero que me paguem quando entrego os meus pneus velhos e óleos usados e pilhas. Até parece que alguns lucram com isto, e até o ambiente.

Mas as campanhas que mais me chateiam são a de recolha de rolhas e de material orgânico. Essas sim têm realmente ainda mais piada.

No caso das rolhas o grupo Amorim em Associação com as grandes superfícies e até uma conceituada Associação Ambientalista, pedem para as pessoas entregarem as rolhas num qualquer Supermercado, pois em troca plantam sobreiros. Pois, não contam, é que por não terem tido um visão de sustentabilidade há 20 anos não plantaram sobreiros, não era preciso, havia muitos e dava para as encomendas. Não contam também, que o custo em água e energia para obter estilha (pequenos pedaços) de cortiça, a partir das rolhas é muito superior à da cortiça retirada directamente do sobreiro. Mas, porreiro (ótimo, excelente) para os amigos do ambiente, pois passam a pagar pela rolha, pela plantação de sobreiros que o Grande grupo não o fez, e pelos novos produtos resultantes da estilha.

A compostagem está na moda, até nos dão embalagens para fazer em casa, mas pagas na mesma a Taxa de lixo na factura da água. Coisa estranha, então se eu seguir a regras todas da reciclagem, ainda pago uma taxa de recolha de resíduos. Pois, a reciclagem é amiga do ambiente, e tu és amigo da Lipor e da ValorSul e outras que tais. Mas, e os orgânicos que vão para o aterro? Já não vão estas empresas criam composto e vendem aos agricultores e agora em novas embalagens ao consumidor final em qualquer supermercado. Mas, então eu compro composto, do composto que dou? Sim, assim és amigo do ambiente e pagas 3 vezes, quando compras os produtos compostaveis, a taxa de resíduos na factura da água e depois quando compras composto ou sacos de terra.

Agora, já posso ser insultado pois todos ganham, o ambiente (dizem), as autarquias e a empresas de recolha e triagem de resíduos (não o dizem), e ganhas tu (mentem).

Eu quero é vasilhame, farrapeiros e saquinhos de pano e pagar a Taxa de resíduos na factura da água. Posso?


Fonte: EcoTretas



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