CRIAÇÃO DE MAURÍCIO PORTO SOBRE FOTO DO GOOGLE IMAGENS |
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Por Leandro Batista Pereira
13 de abril de 2012
No último dia 26 de março, foram realizadas eleições parlamentares no estado australiano de Queensland, no nordeste do país. O pleito registrou uma das mais contundentes derrotas já sofridas pelo Partido Trabalhista Australiano (ALP, na sigla em inglês) em um dos seus principais redutos eleitorais. Analistas avaliam que, dentre os principais fatores causadores do desastre eleitoral, destaca-se a polêmica aprovação da criação de um imposto sobre o carbono, pelo governo da primeira-ministra trabalhista Julia Gillard, contrariamente à esmagadora maioria da opinião pública australiana.
Segundo os resultados oficiais, os trabalhistas conseguiram obter apenas sete das 89 cadeiras em disputa no Parlamento estadual, seu pior resultado desde a década de 1970. Além disso, o Partido Verde não conseguiu eleger nenhum deputado, enquanto o pequeno Partido Australiano dos Katter, fundado por uma liderança política independente, que também se posiciona contrariamente às taxas de carbono, conseguiu eleger dois representantes, um feito inédito para a agremiação. Ao mesmo tempo, o Partido Liberal Australiano (ALP), principal opositor dos trabalhistas, conquistou nada menos que 77 cadeiras (Courriermail.com.au, 26/03/2012).
A grande maioria dos analistas atribui a derrota acachapante dos trabalhistas ao imposto do carbono. Segundo a legislação, aprovada em 2011, a partir de julho de deste ano, as 500 maiores empresas do país terão que pagar uma taxa fixa de cerca de 23 dólares por tonelada de carbono emitido. Tal patamar está muito acima do preço praticado no mercado de carbono europeu (ETS), no qual tem sido a tonelada de carbono tem sido negociada em torno de 7 euros. Além disto, as metas aprovadas pela maioria trabalhista no Parlamento nacional pretendem reduzir as emissões do país em 5%, em relação aos níveis de 2000, até o ano de 2020, e em 80%, até 2050 – uma façanha e tanto, para um país cuja base energética depende em 80% de termelétricas a carvão. A população australiana, por sua vez, considerou o pacote de medidas descabido, e uma ameaça à economia nacional.
Em oposição a tal plano delirante, o deputado liberal Tony Abbott assumiu a liderança de uma campanha nacional. Crítico da tese do aquecimento global antropogênico, Abbot conduziu uma intensa campanha para barrar o projeto no Parlamento e, embora a legislação tenha sido aprovada, ele saiu politicamente fortalecido do embate político. Segundo uma pesquisa de opinião realizada pela agência noticiosa chinesa Xinhua (18/07/2011), imediatamente após a aprovação dos impostos sobre as emissões, 51% dos entrevistados declararam que votariam em candidatos do LPA, enquanto que os trabalhistas, que têm dominado a política australiana nos últimos 39 anos, contavam com apenas 26% das intenções de voto.
Diante da estrondosa derrota em Queensland, Gillard preferiu negar o óbvio, desvinculando o resultado do polêmico plano de corte de emissões. Segundo a premier, a votação esteve mais ligada aos problemas do próprio estado (que passou por uma série de privatizações, também, contra a vontade da maioria da população, conduzidas pela premier estadual trabalhista Anna Blight).
Entretanto, para os jornalistas Ben Packham e James Massola, a campanha de Abbott contra a taxação de emissões foi fundamental na atração do eleitorado para o ALP, cortejando os votos da classe trabalhadora, em especial dos homens. O próprio Abbott foi além e afirmou que, mais do que implementar uma legislação ambiental draconiana, depois de prometer que não o fariam, os trabalhistas foram derrotados por “não dizerem a verdade (The Australian, 26/03/2012)”.
A derrocada dos trabalhistas australianos em Queensland é mais uma evidência do visível esgotamento do discurso ambientalista entre a opinião pública, em especial, nos países industrializados. Na Austrália, já se cogita que o amplo descontentamento popular com a “agenda verde” tende a derrubar definitivamente os trabalhistas do governo federal, nas eleições do próximo ano. Nos outros países, fica o alerta aos políticos que veem nas concessões ao ambientalismo radical uma fonte de votos – como pontificava o grande presidente Abraham Lincoln, não é possível enganar a todos por todo o tempo.
No último dia 26 de março, foram realizadas eleições parlamentares no estado australiano de Queensland, no nordeste do país. O pleito registrou uma das mais contundentes derrotas já sofridas pelo Partido Trabalhista Australiano (ALP, na sigla em inglês) em um dos seus principais redutos eleitorais. Analistas avaliam que, dentre os principais fatores causadores do desastre eleitoral, destaca-se a polêmica aprovação da criação de um imposto sobre o carbono, pelo governo da primeira-ministra trabalhista Julia Gillard, contrariamente à esmagadora maioria da opinião pública australiana.
Segundo os resultados oficiais, os trabalhistas conseguiram obter apenas sete das 89 cadeiras em disputa no Parlamento estadual, seu pior resultado desde a década de 1970. Além disso, o Partido Verde não conseguiu eleger nenhum deputado, enquanto o pequeno Partido Australiano dos Katter, fundado por uma liderança política independente, que também se posiciona contrariamente às taxas de carbono, conseguiu eleger dois representantes, um feito inédito para a agremiação. Ao mesmo tempo, o Partido Liberal Australiano (ALP), principal opositor dos trabalhistas, conquistou nada menos que 77 cadeiras (Courriermail.com.au, 26/03/2012).
A grande maioria dos analistas atribui a derrota acachapante dos trabalhistas ao imposto do carbono. Segundo a legislação, aprovada em 2011, a partir de julho de deste ano, as 500 maiores empresas do país terão que pagar uma taxa fixa de cerca de 23 dólares por tonelada de carbono emitido. Tal patamar está muito acima do preço praticado no mercado de carbono europeu (ETS), no qual tem sido a tonelada de carbono tem sido negociada em torno de 7 euros. Além disto, as metas aprovadas pela maioria trabalhista no Parlamento nacional pretendem reduzir as emissões do país em 5%, em relação aos níveis de 2000, até o ano de 2020, e em 80%, até 2050 – uma façanha e tanto, para um país cuja base energética depende em 80% de termelétricas a carvão. A população australiana, por sua vez, considerou o pacote de medidas descabido, e uma ameaça à economia nacional.
Em oposição a tal plano delirante, o deputado liberal Tony Abbott assumiu a liderança de uma campanha nacional. Crítico da tese do aquecimento global antropogênico, Abbot conduziu uma intensa campanha para barrar o projeto no Parlamento e, embora a legislação tenha sido aprovada, ele saiu politicamente fortalecido do embate político. Segundo uma pesquisa de opinião realizada pela agência noticiosa chinesa Xinhua (18/07/2011), imediatamente após a aprovação dos impostos sobre as emissões, 51% dos entrevistados declararam que votariam em candidatos do LPA, enquanto que os trabalhistas, que têm dominado a política australiana nos últimos 39 anos, contavam com apenas 26% das intenções de voto.
Diante da estrondosa derrota em Queensland, Gillard preferiu negar o óbvio, desvinculando o resultado do polêmico plano de corte de emissões. Segundo a premier, a votação esteve mais ligada aos problemas do próprio estado (que passou por uma série de privatizações, também, contra a vontade da maioria da população, conduzidas pela premier estadual trabalhista Anna Blight).
Entretanto, para os jornalistas Ben Packham e James Massola, a campanha de Abbott contra a taxação de emissões foi fundamental na atração do eleitorado para o ALP, cortejando os votos da classe trabalhadora, em especial dos homens. O próprio Abbott foi além e afirmou que, mais do que implementar uma legislação ambiental draconiana, depois de prometer que não o fariam, os trabalhistas foram derrotados por “não dizerem a verdade (The Australian, 26/03/2012)”.
A derrocada dos trabalhistas australianos em Queensland é mais uma evidência do visível esgotamento do discurso ambientalista entre a opinião pública, em especial, nos países industrializados. Na Austrália, já se cogita que o amplo descontentamento popular com a “agenda verde” tende a derrubar definitivamente os trabalhistas do governo federal, nas eleições do próximo ano. Nos outros países, fica o alerta aos políticos que veem nas concessões ao ambientalismo radical uma fonte de votos – como pontificava o grande presidente Abraham Lincoln, não é possível enganar a todos por todo o tempo.
Fonte: Alerta em Rede
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