segunda-feira, 25 de junho de 2012

0253 - A Rio+20 é a maior ameaça para a biodiversidade

RIO+20, ROTAÇÃO DE 180º.  CRIAÇÃO: MAURÍCIO PORTO


"99% das espécies e dos seres humanos são mal servidos por  0,1% da ONU e das elites ambientalistas".

Por Paul Driessen e Rothbard David,
convidados por Anthony Watts,
21 de junho de 2012


(Tradução: Maurício Porto)

A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, está em curso no Rio de Janeiro. 
Desta vez, 20 anos depois da "Cúpula da Terra" a original "Rio 92", milhares de políticos, burocratas e ativistas ambientais estão diminuindo referências à "perigosa mudança climática feita pelo homem", para evitar a repetição do azedume e falhas que caracterizaram suas conferências climáticas recentes em Copenhague, Cancun e Durban.

Em vez disso, a "Rio +20" está tentando desviar a atenção para a "biodiversidade" e supostas ameaças às espécies animais e vegetais, como a nova "maior ameaça" para o Planeta Terra. Este novo enfoque foi "por puro design". De acordo com os organizadores da conferência, que dizem que o desenvolvimento sustentável e a biodiversidade são "mais fáceis de vender" hoje em dia do que a mudança climática, portanto, um caminho mais simples para avançar com os mesmos objetivos radicais.


Essas metas incluem poderes e orçamentos ampliados para as Nações Unidas, para o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), para a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) e outros órgãos governamentais, e seus aliados, os grupos de pressão verdes; para novos impostos sobre transações financeiras internacionais (para assegurar o financiamento perpétuo e independente para a ONU e UNEP) e mais mandatos e dinheiro para as "limpas, verdes e renováveis energias".

Sua lista de propostas inclui também uma miríade de mecanismos para retardar, prevenir e controlar a energia e desenvolvimento econômico, o uso de hidrocarbonetos, desmatamento, agricultura, tamanho da família e o direito de cada país, estados, comunidades e famílias para fazer e regular os seus próprios desenvolvimentos e suas decisões econômicas.

Além de não dar maior poder aos burocratas e ativistas não eleitos e não responsabilizados, há duas razões principais 
para parar esta tentativa de controle baseada na biodiversidade.

1) Não há base científica para alegações de que centenas ou milhares de espécies estão em risco


Até metade de todas as espécies podem se extinguir até 2100, afirma o astrônomo e alarmista do aquecimento global James Hansen, devido à mudança climática e o uso de hidrocarbonetos, o crescimento da população humana e o desenvolvimento econômico, são "insustentáveis" . Na Rio +20 os ativistas estão trombeteando essas afirmações histéricas nos relatórios, discursos e comunicados de imprensa. Felizmente, não existe uma base factual para eles.

Das 191 espécies de aves e de mamíferos registradas como tendo sido extintas desde 1500, 95% habitavam em ilhas, onde os humanos e predadores e doenças introduzidas por seres humanos causaram a destruição, observa o pesquisador em ecologia Dr. Craig Loehle. Nos continentes, apenas seis aves e três mamíferos foram levados à extinção, e nenhuma ave ou espécies de mamíferos no registro da história é conhecido por ter sido extintos devido à mudança climática.

As perdas de espécies em massa reivindicadas por Hansen, Greenpeace, WWF e outros estão baseados em extrapolações a partir das taxas de extinção das ilhas. Algumas são apenas suposições grosseiras ou classificações valorizadas pelo medo, com nada remotamente se aproximando de uma análise científica. Outras extrapolações são baseadas em pressupostos sem fundamento sobre susceptibilidade das espécies a longo ou a curto prazo às mudanças climáticas - alimentado em desajeitados, simplistas, não validados modelos de realidade virtual de computador que supõem que aumento dos níveis de dióxido de carbono vai tornar as temperaturas planetárias tão elevadas que as plantas, habitats e, portanto, aves, répteis e animais, de alguma forma serão exterminados. Não há nenhuma evidência para apoiar qualquer um desses cenários de extinção.

Na verdade, não há evidência empírica para sustentar a tese de que as temperaturas médias globais têm aumentado desde 1998, ou que enfrentamos qualquer aquecimento global causado pelo homem ou cataclismos das alterações climáticas proclamadas por Hansen, Gore e outros.

2) As maiores ameaças às espécies são as mesmas políticas e programas a serem defendidos no Rio de Janeiro.

Essas políticas proíbem combustíveis fósseis, aumentam consideravelmente a utilização de energias renováveis, reduzem postos de trabalho e padrões de vida nos países ricos, e perpetuam a pobreza, doença, morte e desespero nos países pobres.

Hoje, mais de 1,5 bilhão de pessoas ainda não têm eletricidade, ou a têm apenas por algumas horas cada dia ou semana. Quase 2,5 bilhões de pessoas vivem com menos de 2 dólares por dia. Milhões morrem anualmente de doenças que poderiam ser erradicadas, por meio do acesso à eletricidade, confiável e acessível para cozinhar e refrigerar, clínicas e hospitais, água potável, saneamento, e empresas e indústrias que geram empregos, prosperidade e saúde.

A oposição em grande escala a geração de eletricidade obriga as pessoas a confiar em fogueiras para cozinhar e aquecer - perpetuando doenças pulmonares e morte prematura, por respirar fumaça e poluentes dentro de suas pequenas habitações. Ela também destrói habitats de gorilas e outros animais selvagens, como no corte de árvores e galhos para lenha e carvão.

As turbinas eólicas cortam e matam pássaros e morcegos, exigindo um pedágio insustentável para águias, gaviões, falcões, e outras aves raras e ameaçadas e põem em perigo as criaturas voadoras.

Turbinas e conjuntos de painéis solares cobrem e prejudicam milhões de hectares de terras agrícolas e habitats de animais selvagens, para fornecer energia cara e intermitente para as áreas urbanas. Eles exigem geradores de backup e longas linhas de transmissão, e consumem milhões de toneladas de concreto, aço, cobre, fibra de vidro, polímeros e minerais de terras raras - extraídos da Terra, muitas vezes em países cujos regulamentos de controle de poluição e tecnologias são substancialmente abaixo dos EUA, Canadá e dos padrões europeus e australianos.

Etanol de milho requer dezenas de milhões de acres, bilhões de litros de água, milhões de toneladas de fertilizantes e inseticidas, e enormes quantidades de hidrocarbonetos.
E, no entanto, o presidente Obama disse aos ganenses em 2010 que os pobres, privados de eletricidade, africanos subnutridos deveriam confiar em biocombustíveis, energia eólica e solar - e não construir as usinas termoelétricas.

Caça, como meio de subsistência e pobreza estão entre os maiores riscos para as espécies. Negar acesso das famílias pobres à eletricidade, confiável e acessível é um crime contra a humanidade

A agenda de biodiversidade e sustentabilidade da Rio+20, significa a redução artificial da energia e consequentemente do desenvolvimento econômico. Isso significa também recursos racionados, pobreza e doença sustentados e desigualdade insustentável, ressentimentos, conflitos e pressões sobre os animais selvagens e seus habitats.



Simplificando, 99% dos seres humanos e espécies do reino selvagens estão sendo mal servidos por 0,1% da ONU e das elites ambientalistas que se reuniram no Brasil, e alegam falar em nome da humanidade e do planeta.

Nosso Criador nos dotou de um mundo rico em recursos, e ainda mais rico em pessoas inteligentes, trabalhadoras e criativas que anseiam melhorar suas vidas e serem melhores administradores de nossas terras, recursos e vida selvagem. Os principais obstáculos para alcançar estes sonhos são as falsas ideologias, agendas anti-desenvolvimento e regulamentos sufocantes sendo promovidos na Rio+20.

Se pudermos eliminar estes obstáculos, o mundo irá desfrutar de um renascimento da liberdade e da oportunidade, as populações voluntariamente estáveis, ​​uma vasta melhoria na saúde, bem-estar e justiça para bilhões. Vamos também trazer muito mais segurança para as múltiplas maravilhas da Terra nas áreas selvagens e paisagísticas, e para as espécies vegetais e animais.

Isso seria um ganho enorme para o nosso planeta e as pessoas.
__________


Paul Driessen é consultor sênior de política do "Comitê para um amanhã Construtivo" (estabelecido em Washington, DC) - ( www.CFACT.org ) e autor do livro "Eco-Imperialismo: Energia Verde - A Morte Negra" ; David Rothbard serve como presidente do CFACT .


Fonte: Watts Up With That?



4 comentários:

  1. Caríssimos, hrata pelas notícias já filtradas da idiotia útil e dos vampiros verdes.

    Recomendo-vos a avaliação da Rio*20 no Canal Livre da Band, ontem - 24 de junho de 2012 em cinco partes

    http://www.band.com.br/canallivre/videos.asp?v=b5b9e726427a5fa98ef7ee3f9a6e5f3a&pg=1

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  2. Prezada Sandra, obrigado pelo endereço dos vídeos do Professor Molion. Eu não pude assistir o Canal Livre ontem. Obrigado pelo comentário. Maurício Porto.

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  3. Desculpe a pergunta... Vcs são ultra capitalistas?..Percebo em alguns textos uma luta contra um movimento que está acontecendo....não quero ser parcial, apenas estou observando, pois gosto muito do bloger de vcs, adorei a explicação do Professor Ricardo Felício e já era fã do Prof Molion, porém sinto uma paixão em seus textos, estou vendo alguns pontos positivos desse novo movimento mundial, porém tem alguns questionamentos do porque dessas estratégias(farsas como do aquecimento do global , do excesso populacional e de faltas de recursos) para convencer a todos a praticarem essas mudanças, é claro que existem interesses econômicos e de poder, como teve nos conceitos anteriores..percebo apenas um tipo de "upgrade" , mas com os mesmos "gerentes"...porem há uma evolução (juntamente com novos problemas) para cada transição de "sistema", e também bastante resistências..como houve na época da revolução industrial...muitos falavam que era uma evolução e que também iriam tirar muitos da pobreza e deu no que deu...estou tentando enxergar esses movimentos atuais como mais uma tentativa, pois quando o capitalismo ganhou boas proporções no século passado..a humanidade ganhou e perdeu muito..porém me parece que hora de mais um "upgrade"...Vamos observando...Abraços

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  4. Excelente artigo.

    Plenamente de acordo. Actualmente o "verde" vende bem, e a liberdade individual e da nações está a ser posta em causa em nome da chamada sustentabilidade.

    Um abraço

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