segunda-feira, 2 de abril de 2012

0207 - Novos dados do Met Office indicam 15 Anos sem Aquecimento Global







(Tradução: Maurício Porto)

Novos dados das temperaturas globais do UK Met Office confirmam que o mundo não aqueceu nos últimos 15 anos.
Comunicado de Imprensa: David Whitehouse: 15 anos sem aquecimento global

A análise feita pelo GWPF (Global Warming Policy Foundation) do recém-lançado banco de dados das temperaturas globais HadCRUT4, mostra que não houve aquecimento global nos últimos 15 anos - um período de tempo que desafia modelos atuais de aquecimento global. 


O gráfico mostra a temperatura global média anual desde 1997. Nenhuma tendência estatisticamente significativa pode ser discernida a partir dos dados. A única conclusão estatisticamente aceitável, tirada dos dados HadCRUT4, é que entre 1997-2011 a temperatura global manteve-se constante e igual a 14,44 ºC com um desvio padrão de + ou - de 0,16 ºC, aproximadamente, 

A questão importante é se 15 anos é um período de tempo suficiente para tirar conclusões climáticas quando são geralmente considerados mais de 30 anos, bem como suas implicações para projeções climáticas. 

O IPCC afirma que as influências antrópicas sobre o clima dominaram as naturais em algum momento entre 1960-80

O recente episódio do aquecimento mundial que ocorreu depois desta fase de transição (dos anos 60-80) começou em 1980. O mundo se aqueceu em cerca de 0,4 ºC neste período. Enquanto vivemos a década mais quente da era instrumental de medição da temperatura global (pós -1880), e os anos 90 foram mais quentes que os anos 80, o mundo não teve nenhum aquecimento nos últimos 15 anos.

Em 2001 e 2007, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) (ver aqui também ) estimou que o mundo iria aquecer a um ritmo de 

0,2 ºC por década no futuro, devido ao forçamento dos gases de efeito estufa. Uma vez que essas previsões foram feitas, ficou claro que o mundo não tem tido o aquecimento com essa taxa. Alguns cientistas retrospectivamente revisaram suas previsões dizendo que a 0,2 graus C é uma figura uma média. Taxas maiores ou menores do aquecimento são possíveis em variações de curto prazo. 

Simulações de aquecimento global, algumas realizadas pela UK Met Office 
(aqui ,aqui e aqui), têm sido capazes de reproduzir "paralizações" do aquecimento global de uma década ou mais mantendo a longo prazo uma média de 0,2 ºC por década. Esses congelamentos decadais ocorrem uma vez a cada oito décadas. No entanto, as simulações climáticas não tenham sido capazes de reproduzir uma paralisação de 15 anos: 

"As tendências perto de zero e até mesmo negativas são comuns em intervalos de uma década ou menos nas simulações, devido à variabilidade do modelo do clima interno. As simulações excluem (no nível de 95%) zero tendências para intervalos de 15 anos ou mais, sugerindo que a ausência do aquecimento observado com esta duração é necessária para criar uma discrepância com a taxa de aquecimento esperado hoje em dia "(NOAA 2008). 

Notamos também um comentário em um e-mail enviado pelo professor Phil Jones, da Unidade de Pesquisa Climática da Universidade de East Anglia: "Fatos - a tendência de não subida tem que continuar por um total de mais 15 anos antes de ficarmos preocupados" 

Se a paralisação da temperatura mundial nos últimos 15 anos continuar ou for substituída pelo aquecimento, como o IPCC prevê, somente os dados futuros dirão. Entretanto, a duração da paralisação significa que o desafio que ela oferece para os modelos de previsão do clima futuro, e explicações sobre os aquecimentos passados, não pode ser ignorado. 

O Dr. David Whitehouse, editor de ciência da GWPF, disse: 

"Estamos no ponto em que a paralisação da temperatura está se tornando a característica dominante do aquecimento pós-1980, e como tal não pode ser julgado sem importância mesmo quando observada por mais de 30 anos." 

"É tempo para a comunidade científica em geral e em particular o IPCC reconhecer a realidade da paralisação da temperatura global e o desafio muito real que este fato implica para a nossa compreensão das mudanças climáticas e as estimativas de seus efeitos futuros. " 

"É uma demonstração de que a ciência não está resolvida, e que existem grandes incertezas em nossa compreensão do efeito estufa no mundo real quando combinado com fatores antrópicos e naturais."



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